16 de jan. de 2011

Vizinhos no tempo

     Antes de tudo, quero deixar claro a “incerteza” da maioria dos amantes da paleontologia de que esses animais extintos recentemente fazem ou não parte oficial do gênero. 

    Irei mostrar uma pequena lista dos animais mais conhecidos "recentemente" extintos, começando com uma ave super popular, que se extinguiu há 320 anos atrás:

    
Dodó em "A era do gelo"
 Os Dodôs, que foram aves que viveram na pequena ilha de Maurício, no oceano índico.  Acredita-se que seu nome veio das palavras dodoors (preguiçoso) ou doudo (gíria antiga de doido), só o nome já aparenta algo engraçado no animal, que seria seu atrapalhado jeito de andar e proteger-se. 
    Acreditava-se que os dodôs já estivessem extintos há muito tempo, mas em 1507, marinheiros começaram a explorar água e alimentos de uma ilha, e grande parte desses alimentos eram as aves dodós, já que eram fáceis de ser pegas. Já em 1681, a ilha que tinha sido habitada pelos caçadores deu adeus aos dodôs.
Simulação da aparência de Dodó
     Já o Quagga foi um mamífero. Foi extinto em 1883 devido à caça pelo seu couro e carne. Tem o rosto parecido muito com o de uma zebra, e o resto do corpo castanho como a de um cavalo. Os Quaggas viviam na áfrica. 
Quagga



Concepção artística
de Aepyornis

    Também chamada de “ave-elefante”, a Aepyornis foi uma ave com cerca de 3m de altura. Já foi confundida várias vezes com Roco (Ave descrita por Simbad em Mil e uma noites). Seus ovos eram do tamanho de uma bola de futebol. Viviam em Madagáscar - uma ilha próxima a áfrica -, e foram extintas por causa de suas gostosas carnes, que foram caçadas pelos moradores da ilha. Provavelmente, a última de sua espécie viveu há mais de 300 anos.

Ovo e esqueleto de Aepyornis


    A Vaca-marinha de Steller foi um inofensivo animal que vivia nas águas frias ao redor da costa da Sibéria. Passava o maior tempo nas águas rasas e comendo algas marinhas. Foi caçado por causa de seu couro e sua gostosa carne, e 30 anos após sua descoberta, em 1771 a Vaca-marinha de Steller sumiu do planeta.

A vaca-marinha de steller

    O Tilacino, mas conhecido como Tigre/Lobo da Tasmânia, foi o maior marsupial carnívoro de todos os tempos. Ele tinha uma cabeça de lobo, rabo de cachorro e uma bolsa de canguru, e cerca de 1m de comprimento. Viviam em cavernas e caçavam em bandos à noite. O animal foi muito caçado pelos fazendeiros por matar muitas galinhas e carneiros.
    Sua extinção foi considerada em 1936, mas de lá pra cá vêm tido vários relatos de aparições do animal.
Tilacino


     No momento, mais de mil espécies de animais acham-se em perigo concreto. Será deprimente ver um post neste marcador sobre os Tigres, Elefantes, Rinocerontes e etc.  






14 de jan. de 2011

Uma passada na cronologia

Geologia terrestre no período devoniano
    Vamos passar rapidamente na história paleontológica do nosso planeta para vermos a pequena “ordem cronológica” do tempo e suas principais classes de seus respectivos animais.
    A vida na terra surgiu nos chamados períodos pré-cambrianos, cerca de 3,8 bilhões de anos atrás. Os estudos consideram um dos sucessores desses tempos (chamado período cambriano) um dos mais antigos e ricos em fósseis, onde se encontra um grande pioneiro dos gêneros da época: Os Trilobitas, pequenos parentes dos articulados de hoje (tais como caranguejo, aranhas, lagostas etc).  
    Adiantando um pouco, vamos pro período devoniano (cerca 405 a 345 milhões de anos atrás), onde os gigantes peixes dominavam o mundo, sendo que alguns deles havia o comprimento de 10 metros! Tempo depois, ao percorrer deste mesmo período, as plantas terrestres começaram a nascer. Os peixes pulmonados com grossas nadadeiras tinham que enfrentar a seca criando um tipo de resistência contra a ausência da água. Tempo depois ficou uma característica desses animais “passearem” no silêncio da seminua terra. Esses peixes que desenvolveram um potencial elevado o suficiente para resistir uma variedade ambiente água/terra, foram os primeiros anfíbios.
    Mais tarde (cerca de 300.000.000 a.c), já havia uma grande variedade de anfíbios, e alguns deles se encontravam no auge de suas espécies, e pouco depois esses se tornaram os répteis, com mais escamas no couro e uma posição herbívora (na maioria). Os répteis preferiram deixar seus ovos de casca dura em solo terrestre. Em princípio, suas aparências não eram muito diferentes dos anfíbios da época: pernas grossas, rabos curtos e uma cara parecida com a de um bezerro. Quem começou a andar com duas patas foi o pequeno tecodonte, que se alimentava de animais menores.

    Os mamíferos chegaram só há 125 milhões de anos atrás, descendentes de uma classe muito evoluída de répteis chamada Sinápsida. Um dos descendentes dos sinápsidas considerado mamífero foi o Sinodelphys.

    Em 1938, um grupo de pescadores anunciou a pesca de um estranho animal. Um cientista, após conferi-lo chegou à conclusão de que era um Celacanto, um peixe que acreditava ter se extinguido a quase 70 milhões de anos. Os cientistas ficaram felizes, pois a descoberta do chamado “fóssil-vivo” confirmou a idéia de que se tinha dos costumes e características do mesmo, aumentando a chance das idéias de outros animais pré-históricos também estarem corretas.
Os trilobitas se alimentavam
de vermes mortos 
   


Espécies como os Tecodontes
começaram cedo a andar com duas patas 



Os Sinodelphys são importantes
descendentes das sinápsidas
Celacanto encontrado em 1938

13 de jan. de 2011

Os sete deuses da sorte


 Os sete deuses da sorte, fortuna e felicidade (conhecido também como Shichifukujin) é um grande ícone da mitologia japonesa e da doutrina espiritual do Xintoísmo. Teve origem no século XV, devido aos problemas financeiros do país. As pessoas apostavam em uma “divindade”.
    Dizem que no ano novo os sete deuses chegam a terra em seu barco de tesouro. Os crentes acreditam em uma prosperidade oferecida pelas suas respectivas imagens, e principalmente estatuetas.
    Eis os Shichifukujin:

Benzaiten
    A deusa que representa o lado feminino, delicado e sutil das coisas. Muitos a associa a água, devido ao “tudo que se flui”, tal como as águas. Suas imagens sempre estão relacionadas à literatura e música. Segundo os crentes, apreciar sua imagem lhe desenvolve a habilidade artística e aparente.

Uma pintura de Benzaiten
Bishamonten
    Também é um dos guardiões e missionários do budismo. Representa a coragem e a força, e de empregar o bem (no caso, os ensinamentos de Buda). Suas imagens sempre lhe dão uma aparência guerreira, com armadura e lança. Segundo os crentes, apreciar sua imagem traz proteção residencial, espanta o mal olhado e doenças.
Uma estatueta de Bishamonten

Daikoku
    Sempre sorridente, Daikoku representa a riqueza, a fartura trazida pelo trabalho. É famoso entre os agricultores. Suas imagens sempre lhe mostra com um martelo e um saco de arroz (alguns dizem que são tesouros). Segundo os crentes, apreciar sua imagem traz bons lucros financeiros no trabalho.
Uma estatueta de Daikoku

Ebisu
    “Ebisu não dá peixes. Ebisu ensina a pescar”. Uma frase famosa do deus da pescaria e do bom rumo comercial. Suas imagens sempre lhe mostra com um chapéu de pano, segurando uma cumbuca, uma vara de pescar ou/e um pargo. Segundo os crentes, apreciar sua imagem traz prosperidade e sucesso no trabalho.
Imagem de Ebisu segurando um  pargo

Fukurokuju
    Fuku(felicidade)roku(riqueza)ju(vida longa), é o deus da sabedoria e da longevidade. Suas imagens lhe mostra sempre sorridente, com roupas finas, e acompanhado por um veado ou tartaruga (símbolos da longevidade). Segundo os crentes, apreciar sua imagem traz uma comprida vida, e acariciar sua careca traz inteligência, srs.
Estatueta de Fukurokuju

Hotei
    Também chamado de “Buda Gordo” (É errado dizer que Hotei é Gautama), Hotei é o deus da alegria e contentamento. Está sempre sorrindo em suas imagens, com roupas frouxas e uma grande barriga que representa a satisfação (e não a gula, como muitos pensam). Segundo os crentes, apreciar sua imagem espanta as preocupações.  
Hotei

Jujorin
    Parecido com Fukurokuju, Jujorin é o deus da inteligência e da vida longa, também da saúde e muitas das vezes considerado também o deus da ecologia. Suas imagens lhe mostra com uma grande barba, uma bengala, e às vezes com um pergaminho e/ou uma garça (ou veado). Segundo os crentes, apreciar sua imagem trás sabedoria e saúde.
Estatueta de Jujorin



Os sete deuses da sorte em seus navio 


6 de jan. de 2011

O Sistema Gliese 581

  Bom, dentre bilhões de sistemas espalhados pela nossa Via Láctea, irei mostrar um dos mais interessantes, que já tenha várias vezes despertado esperanças a milhões de pessoas: O sistema da estrela Gliese 581, cercada de planetas possivelmente rochosos que ao percorrer de suas descobertas deixaram cada vez mais ansiosos os exobiólogos  e demais da ciência em geral.  O sistema está situado na constelação de libra cerca de 20,4 (já que existem fontes que diz 20, 20,3, 20,5 e 20,6) anos-luz do nosso planeta  
    Os gases e poeiras orbitando um núcleo não valem só pro nosso sistema (o solar) e sim pra todos em geral.
    Ele é constituídos por 7 corpos conhecidos. Vamos ver um pouco sobre esses corpos:
Comparação Sistema Solar com Sistema Gliese 581

Gliese 581:
Estrela Gliese 581
Comparação Sol (sua esquerda) com
  Gliese 581
    
Como o nosso sol, é a estrela mãe de todo o sistema que habita. É uma estrela anã vermelha com cerca de 1/3 da maça do Sol, e produz 50 vezes menos energia do que o mesmo. É uma das estrelas mais brilhantes da constelação de Libra, cerca de 191.921.375.596.406km da Terra! Uns 20,3 anos-luz. E é a 87° estrela mais perto do sol.
    É comum ver anãs vermelhas tais com Gliese 581 por perto, apesar da maioria delas ser invisível a olho nu.
Uma anã vermelha, tal como Gliese 581
    Gliese 581 como demais anãs vermelhas é totalmente convectiva, o hélio não se acumula no núcleo e, em relação a estrelas maiores, como o nosso sol, que pode queimar uma maior proporção de seu hidrogênio antes de sair da seqüência principal. Já que a proporção de hidrogênio na estrela é consumida, a taxa de declínio e fusão do núcleo começa a se contrair. A energia gravitacional gerada por esta redução de tamanho é convertida em calor, que é realizada em toda a estrela por convecção.





Gliese 581e:
Ilustração de Gliese 581e e sua estrela
  

  Gliese 581e é o planeta mais próximo conhecido de sua estrela mãe Gliese 581.  Sua descoberta foi anunciada por Michel Mayor em 21 de abril de 2009. O planeta foi o quarto a ser descoberto. A estimativa de sua massa seria de 1.9 a 3.1 massas terrestres em uma órbita mais interna, mas é definido por muitos como “o dobro da massa do nosso planeta”.        
    Provavelmente é um planeta rochoso com alta temperatura. O planeta está a cerca de 4.263.543km de sua estrela, e faz uma órbita completa na mesma em apenas 3,15 dias terrestres!






Gliese 581b:  
Concepção artística de Gliese 581b
    Descoberto em 22 de agosto de 2005, mas anunciado apenas em 30 de novembro do mesmo ano, o gigante gasoso Gliese 581b seria idêntico ao planeta Netuno, do nosso sistema. A estimativa de sua massa no início variava de 15,6 a 30,4 a massa da terra, mas hoje se considera 16,6, ou pelo menos 17 massas terrestres. Gl 581b está a cerca 6.073.678km de sua estrela mãe.



Gliese 581c:
Concepção artística de
Gliese 581c
    Em 24 de abril de 2007, uma equipe de Portugueses, Franceses e Suíços anunciaram a descoberta (que ocorreu no dia 4) da chamada “Super Terra”. Gliese 581c estaria na zona habitável (em uma distância estável em relação a sua estrela para abrigar água no estado líquido).
Ilustração do pôr do sol em Gliese 581c
    Provavelmente é rochoso, e sua temperatura varia de -3°C (se considera 0) a 40°C. Acredita-se que o planeta tenha o chamado acoplamento de maré, que é definido na astronomia como uma grande gravidade de um corpo maior que domina a gravidade de um corpo menor, o deixando sem uma rotação em torno de si mesmo, tal como a lua em relação à terra.
    O planeta também podia ter um albedo como o de Vênus, ou o da terra. Então poderia ocorrer evaporações das águas ou a resistência de lagos em temperaturas frias. O planeta pode ter cerca de 5,6 e no máximo 10,4 vezes a massa da terra. Seu período orbital é de só 13 dias terrestres. E sua distância em relação a sua estrela mãe é de 10.920.654km.

Gliese 581g:
Concepção artística de Gliesa 581g feita pela NASA
    Gl 581g, é considerado o mais semelhante á terra, localizado no centro da zona habitável. Têm no mínimo 3,1 (máx.4,3) vezes a massa da terra, e provavelmente é rochoso.
    Depois de 11 anos de sérias observações, a descoberta do planeta foi anunciada no dia 29 de setembro de 2010, pela equipe de astrônomos de Steven S. Vogt.  Seu período orbital é de 36,6 dias. E o planeta também tem acoplamento de maré, mostrando sempre o mesmo lado para a estrela.
    Segundo Steven S. V., a gravidade de Gl 581g poderia ser muito semelhante a da terra, deixando propício o lugar para rios, lagos, ventos e etc... A temperatura pode variar muito ao percorrer de seus lados, transitando as diversas fases de estado, tendo em média -31 a -14°C, mas um efeito estufa harmonizaria melhor o ambiente, disponibilizando uma variedade climática mais estável para abrigar vida. Nas regiões das fronteiras do dia/noite é onde se devem encontrar climas mais prop[icios para isso.
    Já saíram boatos e até documentos que argumentavam contra a existência do planeta, mas nada realmente provou a inexistência do mesmo. . O planeta está a cerca de 21.841.308km de Gliese 581.
Veja que Gliese 581g está centralizado na chamada zona habitável


Na emissora de televisão Band passou uma rápida reportagem sobre o planeta. Eis o vídeo:


Gliese 581d:
Concepção artística de Gliese 581d
    Este foi o 3° a ser descoberto, em 24 de abril de 2007 por uma equipe de astrônomos comandada por Stéphane Udry, no famoso método de perturbações orbitais da estrela mãe.
    A estimativa do peso era de 5,6 a 8,4 massas terrestres. O planeta também está na zona habitável, sua temperatura máxima seria de -70°C, porém com um efeito estufa as coisas seriam diferentes, “liquidando” a água, pois já que seu tamanho é em média 6 vezes o da terra, haveriam chances de enormes erupções vulcânicas que vomitam muito dióxido de carbono e outros gases-estufa para criar um envelope denso de ar sob alta pressão na atmosfera.
     Pesquisas recentes mostram que o planeta está mais perto do que imaginávamos, colocando por então Gl 581d em uma postura mais propícia na zona habitável.
Ilustração de paisagem em Gliese 581d
    1 ano em Gl 581d equivale á 66,8 dias terrestres. Sua distância para a estrela é de 32.612.364km.








Gliese 581f:
    Um planeta gigante, cerca de 7 vezes mais massivo do que a terra. O Gliese 581f foi descoberto junto com o Gl 581g, em 29 de setembro de 2010 pela equipe de Steven Vogt.
    O planeta está longe de sua estrela (cerca de 113.395.284km) o suficiente para impossibilitar a possibilidade de abrigar água no estado líquido. O ano de Gliese 581f dura 433 dias terrestres.